Nunca investi. Como começar? Veja o passo a passo

 
 
            Antes de começar a investir, é importante tomar algumas medidas para organizar a sua vida financeira. Conhecimento é essencial para a tomada de boas decisões.
            Tomar decisões erradas significa perder dinheiro e comprometer o seu futuro. Por isso, foque em aprender para iniciar no mundo dos investimentos. E conforme for avançando em conhecimento, você terá condições de aplicar em ativos de maior riscos, mas que também deem maior rentabilidade.
            Vamos a esse passo a passo que irá lhe direcionar para o mundo dos investimentos:

            1º Pague as suas dívidas, ou troque dívidas de juros altos por dívidas de juros mais baixos


            Antes de começar a investir, organize a sua vida financeira, começando por se planejar para quitar as suas dívidas.
            Se no momento vigente você não tiver condições de pagar todas as suas dívidas, troque as dívidas de juros altos por dívidas com juros menores. Um exemplo: se você possuir dívidas no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito, você certamente está pagando um dos maiores juros do mercado. Nesse caso, vale a pena tomar um empréstimo consignado, com juros mais baixos para quitar a dívida proveniente de cheque especial ou cartão de crédito, para se livrar dos juros abusivos.

            2º Faça uma Reserva de Emergência


            Após quitar dívidas, ou pelo menos, trocar por dívidas com menores juros e melhores condições de pagamento, você deve juntar um montante para formar a sua Reserva de Emergência. A Reserva de Emergência nada mais é que um recurso capaz de cobrir pelo menos 6 meses do seu custo de vida. Não se refere ao quanto você ganha, mas sim, o valor necessário para manter toda a sua despesa mensal por pelo menos 6 meses.
            Por exemplo: se uma determinada pessoa tem uma despesa mensal de cerca de R$ 3.000,00, considerando um período de 6 meses:

            R$ 3.000,00 x 6 meses = R$ 18.000,00.

           
            Portanto, essa pessoa precisará formar uma Reserva de Emergência no valor de R$ 18.000,00!
            Com a pandemia do Novo Coronavírus, tem-se defendido que a Reserva de Emergência seja capaz de cobrir o custo de vida de uma pessoa por um período de um ano. Dessa forma, sendo mais conservador no exemplo acima, a Reserva de Emergência deveria ser o dobro, ou seja, ser um valor de no mínimo R$ 36.000,00.
            Como o próprio nome já diz, a Reserva de Emergência deve ser usada apenas em imprevistos, situações inesperadas, como a perda de emprego, a batida de um carro, um problema de saúde etc. Jamais a utilize para gastos que poderiam ser planejados, como uma viagem, a compra de uma roupa de festa etc, afinal, a Reserva de Emergência serve para você não “quebrar” num momento de crise. E elas acontecem quando a gente menos espera, como mostrou essa pandemia. Portanto, não conte apenas com a sorte!
            A pessoa precavida, que forma uma Reserva de Emergência, se vier, por ventura, a perder o emprego, terá “fôlego” para passar por um período sem renda, sem ter que recorrer a empréstimos de juros abusivos ou mesmo, sacar investimentos num momento desfavorável.
            Logo ao formar uma Reserva de Emergência, você entra no mundo dos investimentos, isso porque precisará definir onde alocar os recursos.
            Os ativos onde você deve alocar a sua Reserva de Emergência devem ter as seguintes características:
  • Baixo risco;

  • Alta liquidez;

  • Baixa volatilidade.


            Baixo risco, para que no momento em que você precise sacar parte, ou até, toda a Reserva de Emergência, o ativo não esteja com rentabilidade negativa.
            Alta liquidez, ou seja, você consegue sacar o capital a qualquer momento. Essa característica é importante. Afinal, ninguém sabe a hora que precisará usar a sua Reserva de Emergência.
            Baixa volatilidade, ou seja, que o ativo não oscile muito de preço. Dessa forma, você não correrá o risco de sacar o montante num momento de baixa do ativo.


            3º Comece a investir na Renda Fixa

            Após organizar a sua vida financeira, quitando dívidas e juntando um montante para a Reserva de Emergência, inicie os seus investimentos na Renda Fixa, pois os ativos são de baixo risco. Assim, você não se expõe tanto ao risco de perder dinheiro, afinal, é importante ter cautela para quem está iniciando.
            No atual cenário de juros baixos, a rentabilidade da Renda Fixa fica um tanto comprometida. Investir nos ativos de Renda Fixa dos grandes bancos tratá uma rentabilidade pífia, onde a maioria dos ativos não terá nem ganho real de juros, ou seja, os juros auferidos serão inferiores à inflação. Por essa razão, é interessante abrir conta numa corretora de valores, onde você terá diversas opções na Renda Fixa com rentabilidades muito mais atrativas que as oferecidas pelos grandes bancos.
            Dentre as opções na Renda Fixa, estão:
  • CDB (Certificado de Depósito Bancário)

  • LCA (Letra de Crédito do Agronegócio);

  • LCI(Letra de Crédito Imobiliário)

  • Títulos públicos federais.


            Quanto maior a rentabilidade de um ativo, maior será o risco embutido nesse papel. Exemplo: as Debêntures (ativos em que você empresta dinheiro a uma empresa. Diferente de um CDB, que ao investir, você está emprestando dinheiro ao banco), em geral, possuem maior rentabilidade que CDB, LCA, LCI etc. No entanto, as Debêntures também têm um maior risco, uma vez que não são asseguradas pelo FGC (se você não sabe o que é FGC, Fundo Garantidor de Crédito, leia este meu post aqui ou assista a esse meu vídeo no Youtube aqui, explicando o que é, e a sua função no mundo dos investimentos).
            Um fator imprescindível a ser levado em consideração na hora de investir é a liquidez dos ativos. Jamais invista num CDB de 5 anos (o dinheiro ficará retido por 5 anos!), por exemplo, apenas olhando a rentabilidade, se você não está seguro de que não precisará desse dinheiro durante esse período. Se você decidir mesmo por investir no CDB em que o capital ficará imobilizado por 5 anos e, antes do vencimento do ativo, você precisar antecipar o resgate do capital, certamente você irá perder dinheiro!
            Quanto maior o tempo de imobilização de um ativo, ou seja, quanto menor a sua liquidez, maior será a sua rentabilidade. Porém, só faça investimentos nos quais você tenha a certeza de que não precisará desse montante no período em que ele estiver aplicado.

            
            4º Invista na Renda Variável

            Somente após entender a dinâmica do mercado e os principais índices econômicos, você terá condições de iniciar investimentos em Renda Variável.
            A Renda Variável pode lhe trazer uma rentabilidade muito superior à da Renda Fixa, no entanto, é composta por uma classe de ativos de risco muito maior também. Por isso, jamais invista olhando apenas a rentabilidade de um ativo, ou sem conhecer nada a respeito do mesmo, pois as chances de você tomar decisões erradas e amargar prejuízos é muito grande!
            Se você está iniciando na Renda Variável, comece por empresas sólidas, com forte geração de caixa, pois estas terão menos riscos envolvidos em seus papéis.
            Por ser mais volátil, você deve primeiro entender os riscos envolvidos na Renda Variável antes de almejar os seus ganhos.
            E não tenha pressa! O importante é a consistência do seu aprendizado no mundo dos investimentos. Não adianta ter pressa e perder um capital que pode lhe fazer falta!


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